Zumbis, um dia inevitavelmente os mortos vão se erguer de suas covas e caminhar novamente espalhando o terror entre os vivos.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

THE LAST OF US - O Melhor jogo do mundo.







Ja ouvi falar que pensamentos agem como uma névoa em sincronia que saem de um lugar e vão parar em outro. O game da Naughty Dog pode não falar necessariamente de lutas civis, mas no fundo ecoa um pensamento de muitas pessoas: como viver dignamente em meio ao caos?

Em The Last of Us, o caos é representado por um fungo que entrou em contato com a espécie humana e dizimou a sociedade, transformando os infectados em uma espécie de "Zumbis - fungos-vivos". Mesmo com essa premissa específica, desde o começo The Last of Us sugere que o problema vai muito além dos infectados e da busca pela cura. A luta dos protagonistas Joel e Ellie é sobreviver em um mundo devastado há 20 anos, comandado pelo exército. As pessoas vivem sob as ordens autoritárias da força armada, que, entre outras imposições, limita a liberdade de ir e vir.



Intimismo no fim do mundo

A narrativa se desenvolve a partir da progressão afetiva entre Joel e Ellie, cuja relação (para quem ainda não jogou) o game trata como mistério - seriam parentes, vizinhos, conhecidos? Um dos pontos altos de The Last of Us é a mudança constante, por conta da evolução dessa intimidade entre a adolescente Ellie e o velho Joel. Um dos grandes desafios de design de games é tornar crível a relação entre personagens, e a Naughty Dog faz isso bem desde Uncharted, em que personagens como Nathan Drake e Tezin se conectam, embora sequer falem a mesma língua.



Outro ponto interessante é enxergar o mundo pelos olhos de Ellie - uma garota de 14 anos que nasceu durante o apocalipse e não viveu no mundo como conhecemos hoje. Há momentos em que, por exemplo, ela pega um diário perdido em uma casa abandonada e indaga: “Jura que o problema delas era o corte de cabelo, o menino que não olhou pra ela e se a blusa combina com a saia?”. Suas reflexões nos fazem pensar sobre o que nos move hoje, e como Joel diz, “tudo é relativo”.

Ellie, como outras personagens femininas da Naughty Dog, é forte, destemida e carrega uma vontade de mudar o cenário em que vive. Já Joel é um homem com marcas de uma vida sofrida e, em momentos, mostra que já perdeu as esperanças de viver em um mundo melhor. Além de Ellie e Joel, outros personagens também aparecem durante quase todo o jogo, e dão material para a trama progredir em meio a inúmeras cutscenes de computação gráfica bem produzidas.



Animação atrás de animação

Embora a trama seja bem cuidada, um game se prova, de verdade, na questão da jogabilidade. A ação de The Last of Us oferece combates difíceis, amedrontadores e intensos, mas peca pela falta de variedade, já que tudo é relativamente igual do começo ao fim: confrontos mano a mano, com armas brancas ou de fogo e upgrades de habilidades e de arsenal ganhos ao longo do jogo.

Os inimigos - controlados por uma inteligência artificial burra, que muitas vezes passam pela frente do protagonista e não o enxergam - alternam entre policiais do exército, vândalos e humanos infectados há pouco, médio e muito tempo. Esses últimos, grandes e monstruosos, são os mais difíceis e agem como uma espécie de chefe entre as missões. Ainda assim, faltam chefões que realmente deem trabalho. Com animação atrás de animação, o nível de dificuldade é basicamente o mesmo durante todo o jogo, e no fim das contas o jogador só é surpreendido pelas viradas na trama.

O roteiro tem alguns buracos, que servem às vezes para acomodar elementos como os quebra-cabeças. Por exemplo, existem muitas fases em que é preciso atravessar lagos e riachos, e como Ellie não sabe nadar, o jogador, controlando Joel, precisa encontrar uma alternativa para atravessá-la. Mas como uma sobrevivente num mundo caótico, que se defende de monstros, não sabe nadar? A lógica seria Joel ensiná-la a nadar ou esse tipo de quebra-cabeça acontecer apenas uma vez - o que não é o que ocorre.

Os cenários, grandiosos e cheios de lugares secretos para serem visitados, fazem um bom trabalho ao criar um mundo pós-apocalíptico, mas, apesar da linearidade, nunca deixam óbvio onde é preciso seguir. Como base de comparação, é mais fácil resolver os quebra-cabeças do que encontrar o rumo numa fase...


Não deixe passar batido

Assim como nos filmes de Alfred Hitchcock, The Last of Us coloca o jogador em situações de tensão em que, ao avistar uma porta, indica que é preciso ter cautela para desbravá-la: ela pode ter uma centena de infectados ou simples coletáveis. Tudo é sempre uma surpresa. Seja o personagem que se revela, um monstro que sai de um lugar inesperado ou uma arma deixada em uma mesa que pode passar batido.

O game apresenta uma história rica, que faz o jogador pensar em qual o sentido de viver em um mundo devastado. A Naughty Dog acerta muito em oferecer personagens caricatos, amáveis e com profundo senso crítico - ponto altíssimo para a dublagem em português que contribui para essa caracterização. Não se sabe ao certo como é viver em meio ao caos, mas sabe-se que The Last of Us é um prato cheio de entusiasmo e criatividade para falar sobre o tema Zumbi.


11 comentários:

  1. O que sempre me impressionou nos consoles da Sony é a sua capacidade de surpreender com games exclusivos. Foi assim com Uncharted e God of War e agora é assim com The Last of Us. Para começo de conversa, The Last of Us é um game claramente a frente da sua geração no quesito técnico. A transposição para o PS4 apenas realça o quão sublime é o trabalho da Naughty Dog neste jogo e o coloca na sua geração condizente. As poucas imperfeições presentes na versão para PS3 são sanadas e o jogo nos entrega momentos in-game realmente de tirar o fôlego, com raros travamentos, carregamentos e defeitos gráficos em toda a experiência de jogo.

    O gameplay é lapidado com detalhes pequenos que fazem toda a diferença no andar do jogo: Encoste o Joel contra a parede e ele ergue as mãos para tocar na mesma, se apoiando nela de uma maneira perfeitamente orgânica e natural. São coisas simples, que realmente tem relevância na imersão do jogo. A Ellie às vezes prende o cabelo antes de subir um obstáculo, por exemplo. A dublagem não faz por menos e casa com maestria junto a animação impecável das expressões faciais dos personagens. Tudo é muito fluido e orgânico.

    São personagens de vídeo-game que nos convencem do contrário em todo o jogo: Em poucas horas de The Last of Us, estamos convencidos que se tratam de pessoas reais, com emoções, trejeitos e personalidade que vão nos ganhando a simpatia e nos fazendo torcer por eles durante toda a história. Um incrível trabalho da Naughty Dog, sem sombra de dúvidas.

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  2. Também acho que esse jogo e o melhor. Muita gente fala que não e ZUMBI !!! mais eu acho que de certa forma e um zumbi fungo mutante.

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  3. ESSE JOGO LEMBRA UM AMOR CONQUISTADO POR SANGUE QUE SE COMPLETA COM O OUTRO JOGO QUE TEM NA EXTENSÃO QUE EXPLICA COMO ELLIE TIROU O JOEL DO HOSPITAL E LEVOU ELE PARA AQUELA CASA LA NO INVERNO.

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  4. Bonjour, J’aurais besoin d’un aller simple, s’il vous plait A quelle heure part le prochain bus Combien cuote le taxi pour aller dans le centre ville Il fait un temps superbe

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  5. falando do filme eu sou a lenda. Não !!! não e de zumbis e de vampiros, agora se zumbi e vampiro ai e outra historia.

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  6. peido!!! adorei esse jogo...........e o modo oline eu sou fera

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  7. MODO OLINE ..........OTIMO

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