Zumbis, um dia inevitavelmente os mortos vão se erguer de suas covas e caminhar novamente espalhando o terror entre os vivos.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

The Walking Dead 6ª Temporada: Análise do 1º episódio







O episódio First Time Again notabilizou-se pelos seus saltos temporais, muita contextualização e um notável avanço no que diz respeito ao roteiro.


Começando pela premissa de que os eventos que ocorrem na season finale da 5ª Temporada deveriam ser explorados, obrigatoriamente. Ocorrendo um salto temporal, sem mostrar ao espectador as reações do ambiente como um todo, seria no mínimo temerário.


Porém começar a temporada em ritmo lento também arrebataria críticas, inevitavelmente, ainda mais depois do discutível spin-off Fear The Walking Dead. A solução encontrada foi inteligente, pois todas as lacunas deixadas no episódio anterior foram contempladas através de flashbacks, de um passado nada distante, que conseguiram explicar o necessário, fazer os personagens interagirem, impor novas questões no que tange a convivência entre o grupo, mas sem ser acelerado demais ou forçado pela limitação do tempo do episódio.


Em meio a essa grata solução do roteiro, visualizamos o que podemos chamar de ‘presente’, deixando de lado a escala em tom cinza, dando seguimento na história em sua linha do tempo cronológica. Outra bela surpresa da estreia, pois a parte calma não foi acelerada demais, assim como as cenas de ação e tensão, que mantiveram o ritmo intenso, porém coerente, da história.


Analisando de forma mais fria, há três episódios inseridos em apenas um. Explico. Todas as cenas pós Rick ter atirado em Pete, o drama dos habitantes de Alexandria, a adaptação do recém chegado Morgan, a crescente liderança de Rick, enfim, todas as questões dramáticas que resultariam poderiam ter sido exploradas em um episódio independente. E já vimos tais episódios durante a série. Muitos, na verdade.


Em um segundo momento poderíamos ver um assentamento da parte dramática, com a adição do conceito e início da execução do plano para afastar os zumbis de Alexandria. Outra construção que seguidamente vemos. E por fim, em um terceiro episódio a execução do plano em si, culminando em toda a parte de ação e tensão. A condensação de tudo isso nos proporcionou um ótimo episódio, com um ritmo impressionante e com ótimos momentos.


Entre os personagens houve boas participações. Desde o começo podemos ver que existe sim a possibilidade de Rick e Morgan, em algum momento da temporada, se confrontarem por suas diferenças ideológicas, fato especulado anteriormente. A interação entre Glenn e Nicholas também é muito interessante, visto que os dois não possuem uma boa relação devido a fatos do passado.


Eugene teve uma boa participação, com interações engraçadas e pontuais. Sasha aparentemente mais centrada, ao contrário de Abraham, que nessa primeira participação foi mais ‘badass’, lembrando um pouco o personagem dos quadrinhos. Carol mantendo seu cinismo e sendo a ‘senhora indefesa’ é impagável, mas o Morgan conseguiu decifrá-la rapidamente. O restante do elenco contou com poucas falas, mas que com certeza serão melhor desenvolvidos no segmento da série.


A fotografia do episódio também foi lindíssima, ainda mais em escala cinza, assim como a maneira como o episódio foi filmado, que apesar de não contar com grandes cenas em ‘plano sequência’, conseguiu mostrar a transição dos ambientes de forma interessante, dando bastante profundidade ao panorama geral.


Para finalizar, o arco dos quadrinhos chamado ‘No Way Out’, ‘Sem Saída’ é realidade, finalmente, e provavelmente dominará toda a primeira metade da temporada, ótima notícia para os fãs que tanto aguardavam essa saga. Cada episódio será uma season finale, isso é o que nos foi prometido, e nesse primeiro episódio foi cumprido com maestria e de forma consistente.

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