Zumbis, um dia inevitavelmente os mortos vão se erguer de suas covas e caminhar novamente espalhando o terror entre os vivos.

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

A Menina Que Tinha Dons (Critica)


So agora pude ver o filme The Girl with All the Gifts, ao estilo THE LEST OF US o roteiro é de se aplaudir. O primeiro ato segura todos os seus desejos de contar tudo para o público, deixando o mesmo numa curiosidade mórbida que alimenta compulsivamente o desejo de saber quando, como, onde e porque aquilo que está sendo lhe mostrado está acontecendo. Deste modo, as situações vão entrando com tudo e você não consegue fazer outra coisa a não ser se recusar a piscar. Personagens bem estruturados puxam a audiência pelos cabelos nos afundando neste universo distópico e fascinante, que ao mesmo tempo é aterrorizante. O Cuidado com os detalhes e uso do material original (Livro) são bem aceitos de forma que a linguagem cinematográfica transparece para a tela sem nenhum problema. E, estamos num filme de terror de Zumbis portanto, é claro que tem que ter Gore.
O filme é um tanto sangrento mas isso é sempre bem vindo. E é aqui que entra o legal dessa história: Ao final do filme, você vai se lembrar de tudo, menos do sangue. E por quê? Porque há coisas bem mais tentadoras aqui para se tratar. O Filme se leva a sério o tempo todo, nunca dando brechas para alívio cômico e o próprio comportamento dos personagens traz a carga emocional necessária para compor as cenas, inclusive, uma vez que o público tem conhecimento de certas coisas e regras deste universo o sentimento de Horror é automático fazendo a imaginação trabalhar contra sua vontade e desencadeando possibilidades de cenários fascinantes e perturbadores. As vezes, só de alguém dizer o que acontece e descrever uma situação, já causa arrepios o suficiente e isso é incrível. E tudo isso funciona graças a direção competente de Colm McCarthy, imagens dizem mais que mil palavras e este ser humaninho sabe mostrar as coisas do jeito certo de modo que você entenda perfeitamente. Ele também sabe os valores e o peso de seus personagens e faz um filme 100% centrado neles. A Partir de suas emoções, decisões e dramas internos, é que suas próprias ações fazem com que a trama ande para frente, estamos constantemente dependendo desses personagens para absolutamente tudo e além de ser uma delícia de assistir temos sorte do elenco ser tão bom. Glenn Close, Paddy Considine, Gemma Artenton e a FANTÁSTICA atriz mirim Sennia Nenua balançam as estruturas desse filme de terror que tem muito mais a dizer do que cérebros explodindo. Dito isso, há momentos verdadeiramente assustadores aqui. Tudo bem que estamos lidando com uma história dramática mas a criação de suspense, sentimento de urgência e pavor são mantidas em momentos chaves. Momentos esses muito bem orquestrados e que compõem uma tensão palpável desde que os personagens aqui, não são completos idiotas tomando decisões ridículas e burras só pra que aconteça alguma coisa. O Roteiro nada forçado é o que realmente ajuda o resto do talento envolvido na obra. E se prestar um pouquinho mais de atenção, verá um paralelo bem legal entre essa história e a da caixa de Pandora, o que é muito legal e até te ajuda a entender melhor alguns pontos do filme. Excelente. E nos deixa com um gostinho de "Quero Mais" no bom sentido.

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Dia dos Mortos | Ator fala sobre a mudança de um dos mais icônicos zumbis do cinema



Em julho de 2017 o mundo perdeu George A. Romero, considerado o pai dos filmes de zumbis. “Day of Dead”, remake de um de seus mais importantes filmes, irá apresentar uma nova versão do icônico Bub. Durante uma entrevista ao Bloody Disgusting, Johnathon Schaech (da série “Legends of Tomorrow”) comentou sobre a mudança do zumbi, que agora se chama Max:


“Eu fiz o filme porque queria interpretar Bub. Eu acho que Max parece mais com o Hulk do que Bub. Ele é o Bub com esteroides.”

O ator também comparou o filme com a série “The Walking Dead”, porém “com mais sustos e ação, e gloriosamente mais sangrento”.

“Day of the Dead” é dirigido por Hèctor Hernández Vicens (“O Cadáver de Anna Fritz”) e elenco também conta com Sophie Skelton (da série “Outlander”), Mark Rhino Smith (“Zootopia”), Rachel O’Meara (“Assassino à Preço Fixo 2: A Ressurreição”) e Jeff Gum (“Vincent N Roxxy”).

O filme não tem data de lançamento prevista.

segunda-feira, 17 de julho de 2017

O Fim - George Romero .(1940 - 2017)





O diretor de cinema George A. Romero, conhecido por seu trabalho em 'A noite dos mortos-vivos', morreu neste domingo (16), aos 77 anos. Ele é considerado o criador do estilo de filmes de zumbis modernos, com o filme de 1968, que inspirou, por exemplo, a série "The Walking Dead".


Lutando contra um câncer de pulmão, Romero não resistiu. De acordo com a família, ele estava em Nova York na companhia da esposa, Suzanne Desrocher, e a filha, Tina Romero.


A família disse que ele morreu enquanto escutava a trilha sonora de "Depois do Vendaval", de 1952, seu filme favorito.

Em 2012, o ator Bill Hinzman, conhecido como o "Zumbi nº 1" de "A noite dos mortos-vivos", também morreu por câncer.


Filme de baixo orçamento




Feito em preto e branco, "A noite dos mortos-vivos" foi um filme de pouco investimento, apenas US$ 114 mil, mas acabou fazendo muito sucesso e praticamente recriando o gênero de zumbis. O longa arrecadou cerca de US$ 30 milhões e se tornou um clássico.

domingo, 12 de março de 2017

Filme Celular (2016) (Conexão Mortal) Crítica






COMO FÃ DE HISTÓRIAS DE ZUMBIS SEMPRE APRECIEI PRODUÇÕES QUE OUSASSEM. Stephen King escreveu Celular nos anos 2000 e apresentou ao mundo sua visão dos mortos vivos imortalizados no cinema através da crítica ácida de George Romero. King usa as referências de O Despertar dos Mortos, mas seus zumbis estão mais próximos daqueles de Extermínio, de Danny Boyle. E isso é ótimo: combinar a crítica ao consumismo de Romero com os zumbis ligados no 220v de Boyle ajuda a criar um universo quase perfeito em Celular (Cell, 2016).

Dirigido por Tod Williams, a adaptação de Celular (Conexão Mortal) não deixa a desejar em relação ao original, mas pode decepcionar os espectadores mais exigentes por causa do jeito de “filme alternativo de gente apaixonada por fazer cinema, mas não tem grana”. Tanto John Cusack quanto Samuel L. Jackson parecem atuar no piloto automático sem apresentar nada de novo para seus personagens ou para chamarem a atenção. A culpa, provavelmente é do diretor, que poderia muito bem ter exigido um pouco mais de entrega da dupla.

A trama conta a história de dois homens que sobrevivem a um ataque causado pelas ondas dos telefones celulares. Basicamente toda pessoa em posse de um celular se transforma num monstro irracional sedento por sangue. Clay (Cusack) fica desesperado porque sabe que sua família pode ter sido vítima do ataque e inicia a sua jornada para tentar resgatá-los.

Os “zumbis” realmente se parecem bastante com os infectados de Extermínio. Ambos possuem muita agilidade e parecem babar de raiva. Talvez esse seja um dos grandes detalhes positivos da adaptação, que não fracassa apenas no seu núcleo principal do elenco, mas no ritmo. Celular não parece evoluir para cativar o público. É como se estivéssemos assistindo a um episódio mediano de The Walking Dead em que poucas coisas acontecem e nós estamos buscando pela grande surpresa.

Como se trata de uma obra baseada em Stephen King, essa tal surpresa reside no “vilão”, que é supostamente uma criação do personagem de Cusack, um ilustrador que acabou de assinar contrato para produzir sua obra e ficar rico. Isso mexe com a interpretação do espectador, que pode criar diversas teorias de que tudo não passou de uma história criada pela mente fértil de Clay.

A conclusão é um motivo e tanto para tirar o nosso humor. Depois de anos assistindo a muitos filmes ruins e desprovidos de qualquer pingo de originalidade, acredito ter chegado num ponto em que a minha paciência para falar de certas coisas está cada vez menor. Não dá para aceitar um filme medíocre apelando para um final clichê e sem inspiração. No caso de Celular, a sequência final chega a ser patética e arruina tudo que assistimos antes com toda a paciência do mundo.

Celular é um filme de zumbis diferente, mas longe de ser obrigatório na lista dos apaixonados pelo tema. Existem boas cenas de gore, mas fica nisso. Infelizmente, Tod Williams fracassou na sua empreitada de adaptar a obra e Stephen King.

quinta-feira, 9 de março de 2017

CRÍTICA - INVASÃO ZUMBI UM DOS MELHORES FILMES DO GÊNERO









Se há um tema que nunca cansa de ser utilizado é filmes, jogos, séries e qualquer outra coisa que tenha zumbis. Afinal, eles são iguais a bacon: tudo que tem bacon é bom. Muitos poderiam dizer que o que gerou esse fenômeno de obras com essas criaturas horrendas tenha sido The Walking Dead, mas não, está muito longe disso. Há anos que todas as mídias exploram o apocalipse zumbi e muitos fazem muito bem, como foi o caso de Guerra Mundial Z, com Brad Pitt. E as comparações de Guerra Mundial Z com Invasão Zumbi não ficam somente nos zumbis, mas também em muitas ideias e execuções, como a quantidade insana de mortos vivos, a velocidade louca que eles possuem e a ferocidade em seus ataques.

Invasão Zumbi não procura somente se inspirar em grandes clássicos como Madrugada dos Mortos, com locais infestados de zumbis e sobreviventes tentando sair do local com vida. Ele tenta ser dramático ao ponto de fazer o expectador pensar na própria vida, diante dos assuntos que são levantados durante a história. São situações de superação, amor e de família construídos com tamanha carga dramática e de uma forma tão convincente, que nos primeiros minutos do filme você já estará imerso na história e na ambientação.

E olha que o início do filme passa longe do formato dos filmes de zumbis habituais e o momento que os mortos vivos são inseridos na história tudo muda drasticamente. Invasão Zumbi mostra a vida de Seok-woo, um pai separado após seu casamento não suportar o seu estilo de vida voltado totalmente para o trabalho. Sua filha não aguenta de saudade da mãe e após alguns eventos que realmente demonstram que Seok-woo não é lá um pai exemplar, ele decide levar a filha até a mãe.

Durante sua viagem as coisas saem do controle ao ponto de ele ter que deixar o carro em um local qualquer e continuar sua caminhada de trem. 90% do filme é nos vagões deste trem e tudo que ocorre lá dentro é claustrofóbico. As transformações zumbis são rápidas, violentas, amedrontadoras ao ponto de eu imaginar que não seriam possíveis se não fossem atores asiáticos. Eles são muito bons em interpretar coisas exageradas e a maneira que a produção de Invasão Zumbi idealizou as criaturas neste filme foi excelente. Realmente o único exemplo que consigo imaginar seja Guerra Mundial Z, onde os mortos vivos não são pedaços de carne lentos e resmungadores, aqui são ligeiros, descerebrados e extremamente violentos. Chega a ser engraçado em alguns momentos a loucura que é a correria dos zumbis para chegar em suas presas.

Assim como diversas obras que se baseiam em zumbis, Invasão Zumbi também mostra que o inimigo nem sempre é aquele que está babando sangue, rosnando querendo comer sua carne. O ser humano é um bicho ruim, que pensa somente em si e mesmo que no dia a dia de nossa vida, para que as coisas saiam como nossas profissões exigem e seja uma opção passar por cima dos anseios alheios para conquistar o que queremos, nunca que esses conceitos deveriam ser colocados em prática em nossas próprias vidas. Mas o medo, o amor pelos parentes e até mesmo o amor por sua própria vida, acaba colocando os seres humanos em precipícios tão profundos, que quando menos se percebe já estamos caindo neles há muito tempo.

Invasão Zumbi não somente consegue manter os zumbis como um dos maiores perigos do filme o tempo inteiro, como também insere aos poucos a reação humana a diversos acontecimentos capazes de lhe fazer ficar pensando no que você faria no lugar daquelas pessoas. Obviamente que existem casos que se mostram maldosos, de pessoas sem coração realmente, mas estes fazem parte daquilo que podemos chamar de vilões do filme, ainda que todos estejam lutando pela sobrevivência, cada um de sua própria maneira.

Além disso Invasão Zumbi consegue tocar o coração de outras formas diferentes, mas contar aqui só vai entregar partes importantes do filme, e essa não é a intensão.
Uma surpresa sensacional



Invasão Zumbi não é um filme perfeito, tem momentos em que o roteiro encaixa algumas situações de uma forma bem cômoda para que alguns conceitos possam ser desenvolvidos e acabam deixando um pouco da realidade de lado, mas são momentos raros que mesmo aparecendo pouco, tiram um pouquinho da imersão. Algumas escolhas dos personagens também não encaixam, principalmente nas cenas próximas ao final, mas na maior parte do tempo Invasão Zumbi te mantém preso à ele, tenso, incomodado, triste, feliz, aliviado, revoltado e com medo. Ou seja, a obra é capaz de invocar os mais diversos sentimentos do espectador e só isso já seria motivo de muitos elogios.

No entanto, Invasão Zumbi consegue ir muito além, com interpretações excelentes, emocionantes e convincentes. É um filme empolgante e cheio de energia, com 2 horas de duração que passam muito rapidamente. Sem dúvida alguma é mais do que recomendado!

O Melhor de tudo e que ja tem ele completinho no YOU TUBE: